segunda-feira, 8 de março de 2010

Mulheres: amo todas.

Hoje começou a segunda semana de aulas do curso de Matemática. Acordei pensando apenas nisso, e tive as minhas aulas como de costume. Uma pequena introdução sobre os métodos de se demonstrar matematicamente uma proposição (sim, estou começando com lógica). ^^

Voltei pra casa na hora do almoço e, depois de comer, fiquei um tempo pensando a respeito de uma coisa que eu venho sentindo já há algum tempo: a falta de uma pessoa que simplemente passe o tempo comigo, sem fazer nada, sem dizer uma só palavra. Falarei melhor disso em outra postagem.

Foi então que eu resolvi ligar a televisão... e tive a felicidade de encontrar a hora certa de passar o filme "O Sorriso de Mona Lisa". Até então eu não tinha muita ideia da oportunidade da ocasião, nunca tinha visto esse filme e nem queria vê-lo na verdade... mas valeu a pena.

Muitas coisas são abordadas ali, especialmente sobre esse universo feminino que parece tão desconhecido para a maioria dos homens, inclusive pra mim - o fato de eu adorar mulher e querer conhecê-las intimamente (ok, podem interpretar essa afirmação como acharem melhor, eu deixo rsrsrsrs) não faz de mim um cara que as entende.

Claro: é um filme de época (anos 50, não é tão longe assim), sobre uma escola conhecida por ser bastante tradicionalista - dessas que estavam mais interessadas em ensinar meninas a serem "boas esposas" - e vem uma professora que tenta mudar isso e não tem grandes resultados... finalmente um pouco de realidade nesses filmes românticos.

Mas, apesar de não conseguir mudar nada na estrutura tradicional da escola (ao contrário, ela é praticamente demitida), ela mexe intimamente nos valores de algumas meninas que lá estudam, afetando especialmente uma garota de opiniões fortíssimas e a mais tradicionalista de todas elas (claro que não é só o esforço da professora que faz isso; os próprios fatos da vida miserável dela falam por si só).

Enfim: este filme me ajudou a pensar muito sobre a trajetória de libertação feminina, desde a invenção dos métodos contraceptivos... e o quanto elas ainda têm para conquistar - recentemente eu li um texto em um outro blog, falando sobre "por que o homem pode pegar todas e a mulher deve ficar com um cara só"... sim, ainda existe gente que defende isso.

E eu quero dizer aqui: sim, eu sou machista em alguns aspectos: as coisas mais definidas como "cavalheirismo", e o fato de eu gostar que a mulher seja só minha enquanto estiver comigo. Mas estou longe desse machismo em que o homem pode tudo e a mulher não pode nada, e também do machismo abordado no filme, em que a mulher deve ser submissa ao homem - nada melhor do que o respeito e a igualdade nas relações entre homem e mulher.

Por fim... quero dizer que adorei esse filme "de mulher" (assim classificam), fiquei emocionado... e para os que dizem que eu estou numa atitude "pouco masculina", eu tomo isso como um elogio. Também sinto que isso fortaleceu a minha convicção de que eu amo, incontida, intensa e incondicionalmente, as mulheres. Todas elas (novamente, interpretem como quiserem rsrs). E não podia ter sido mais oportuno o fato de eu ter visto esse filme hoje, no dia 8 de Março, o dia internacional da mulher. ^^

4 comentários:

Donnie César disse...

Gotcha. Uma grama de verdade em quilos e quilos de lágrimas, lembra? Da conversa ENTJ e de entender melhor?

Pois é.

Mas falando em mulheres, é sempre interessante ver como o universo masculino se expande de maneira grandiosa e previsível - como o Bolero de Ravel - e o universo feminino tem nuances, às vezes ao mesmo tempo, de beleza e absurdo - como o Pássaro de Fogo do Stravisky.

Fico feliz em ter achado o blog. Se não havia mais ninguém que o lia, agora há.

Unknown disse...

Bem, agora há mais um pelo menos...
Achei legal o texto e concordo com ele, mas ainda acho que é difícil encontrar o equilíbrio entre a masculinidade no homem e a feminilidade na mulher. Acho que os iguais devem ser tratados de forma igual e os diferentes de forma diferente na medida de suas diferenças (usando uma expressão jurídica).
Acho que dito dessa forma parece fácil, mas o equilíbrio da igualdade entre os sexos nas diferenças que existem é bem complicado...
Não estou dizendo que existe hierarquia, acho realmente que não há, mas é inegável que há muitas diferenças...
Abraços, velhinho!

Davi Queiroz disse...

Opa, com certeza, Pablo. Quando eu falo em "universo feminino", é porque realmente as diferenças são inegáveis. E é aí que entra o respeito.

Thalyta disse...

Já viu Garota Interrompida, querido?