sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Paulinho Moska: a trilha do novo começo



Tudo Novo de Novo - Paulinho Moska

Vamos começar
Colocando um ponto final
Pelo menos já é um sinal
De que tudo na vida tem fim

Vamos acordar
Hoje tem um sol diferente no céu
Gargalhando no seu carrossel
Gritando: nada é tão triste assim

É tudo novo de novo
Vamos nos jogar onde já caímos
Tudo novo de novo
Vamos mergulhar do alto onde subimos

Vamos celebrar
Nossa própria maneira de ser
Essa luz que acabou de nascer
Quando aquela de trás apagou

E vamos terminar
Inventando uma nova canção
Nem que seja uma outra versão
Pra tentar entender que acabou

Mas é tudo novo de novo
Vamos nos jogar onde já caímos
Tudo novo de novo
Vamos mergulhar do alto onde subimos

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Telefonema

Cinco anos se passaram... cinco anos completos, nada mais, nada menos... cinco anos sem conseguir me desligar daquele bendito telefonema...

(...)
- Alô?
- Alô... sou eu. Como você está?
- Eu tô bem, eu... cheguei em casa, sem problemas.
- Você sabe do que eu tô falando, e não é disso.
- *silêncio*
- Eu estou me perguntando agora, sem parar; como você está se sentindo? Por que você fez amor comigo, se já não me queria mais? Eu estou pensando alguns possíveis motivos: carência, memória, muito tempo sem sexo...
- Espera, escuta; eu quero te falar... eu quero falar uma coisa... mas depois eu vou desligar o telefone, tá? E por favor, não me liga de novo... não me liga, só escuta o que eu tenho pra falar.

Eu sabia o que ela queria me falar; e juro que pensei em responder a ela que "não diga nada do que possa se arrepender depois", mas o desejo de ouvir aquilo que ela tinha pra me dizer era maior.
- Tá bom; pode falar, eu não vou te ligar de novo.
- (...) Eu te amo! - *desliga*

Eu não sei quanto tempo eu passei segurando aquele telefone na minha mão, antes de recolocá-lo no gancho; e eu fiquei cinco anos tentando entender o que a levou a me dizer que me amava, sendo que nunca mais eu iria namorá-la de novo - e o pior, como poderia ela ter se apaixonado por outro, apenas 3 meses depois de dizer que me amava?? Eu simplesmente não consegui acreditar; ao mesmo tempo, era precisamente nisso que eu queria acreditar: que ela me amava.

Cinco anos da minha vida se passaram, enquanto eu tentava entender todas as coisas que ela fez no período da separação; eu consegui entender e perdoar todas as coisas... menos esse telefonema. É como se eu não tivesse desligado o telefone, depois de cinco anos que se passaram na minha vida. Cinco anos perdidos, tentando arrumar, em vão, a casa dos meus sentimentos.

De repente, o telefone toca:
- Alô?
- Oi...

Aquela voz... aquela voz! Quase eu caio de costas no chão, devido à tontura que eu senti naquele momento. Procurei um banco qualquer e me sentei, para evitar qualquer desequilíbrio.
- Você está aí? O que houve?
- Nada; desculpa, eu procurava um banco pra me sentar.
- Sou eu...
- É, eu sei.
- Como está você? Já faz tanto tempo que não nos falamos direito...
- É, cinco anos.
- Nossa, tudo isso? Nem lembrava. *risos*
- É, né? *sorri*
- Mas então; como vai?
- Vou bem. Muita coisa aconteceu na minha vida. E você?
- Eu estou bem... tô namorando, agora.

Não imaginei que eu fosse sentir aquilo; minha nuca esquentou, minha pele inteira esquentou, eu segurei o telefone com a força de quase quebrá-lo. Fiquei com ciúmes, muitos ciúmes, depois de cinco anos que não a via. Aquela questão latejou na minha cabeça; mas antes, eu perguntei outra coisa:
- Por que você me ligou?
- Porque eu tinha saudades... e porque eu tenho passado por muitas coisas na minha vida, e acredito ter deixado algumas pessoas tristes... e quero tentar consertar os erros. Me responde: você ainda tem alguma mágoa comigo, pelo que a gente viveu?

Ela me pegou de surpresa agora; não tinha mais como eu fugir daquilo. Agora é o momento do acerto de contas.
- Existe sim. Na verdade, é uma coisa bem específica, porque todo o resto eu compreendi e te perdoei.
- Pode falar o que é, então...
- Eu entendo que, se eu amo uma mulher e ela me diz que me ama, então eu devo correr atrás dela para viver aquele amor. Então, por que você me disse que me amava, quando já iria sumir da minha vida e ainda ia se apaixonar por outra pessoa tão rápido?
- Hmm... é, eu fui uma louca destrambelhada em dizer mesmo isso...
- Concordamos nisso então, né?
- Sim, mas deixa eu explicar!
- Ok. A palavra é sua.
- Eu disse que te amava, porque era verdade! Eu não queria te amar, eu estava machucada demais com tudo que a gente viveu, e mesmo te amando eu não podia mais continuar com você. Entende? Eu falei que te amava... porque eu não soube inventar nada; apenas disse o que estava no meu peito.

Então era isso; era realmente verdade que ela me amava. E eu não entendi que ela se afastava de mim para preservar a sua integridade emocional... que ela precisava de um descanso.

Eu não entendi isso antes, porque o meu amor era cego demais.
- Entendi... agora eu acho que posso te perdoar por tudo. Mas então, me fala: como é esse seu novo namorado?

Conversamos mais um pouco, ela me falou dele (eu precisava ter a certeza de que ela estava com um cara legal)... e enfim nos despedimos:
- Eu havia jurado pra você que seria um homem melhor quando nos encontrássemos novamente... e acabei falhando nisso. Mas a promessa ainda está de pé.
- *risos* Tá bom; se você ainda quer cumprir essa promessa, então vá em frente. Espero que você se torne mesmo um homem melhor, e seja muito feliz.
- Pode deixar comigo. Um beijo!
- Beijo!

Enfim, aquele telefonema de cinco anos atrás, com o assunto que não havia acabado, terminou hoje. Agora, é hora de limpar todas as dores e recuperar o tempo que passou enquanto eu estava parado no tempo. E eu só tenho que agradecer pela oportunidade de ter vivido, intensamente, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, o maior amor que eu já tive em toda a minha vida.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Engenharia

Vivo a buscar
A medida exata
O cálculo exato
A margem de segurança
A estrutura sólida.

Os passos medidos
A meta traçada
O caminho traçado
O autocontrole
O alto controle.

O pulso controlado
A tensão controlada
O tesão controlado
O amor controlado
A vida controlada.

Quem vai me ajudar
A sair do controle?
Quem poderá
Acrescentar momentos
À minha engenharia?

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Batatinha: diplomado em desespero calculado

Diplomacia - Batatinha
http://www.cifras.com.br/cifra/batatinha/diplomacia

Meu desespero ninguém vê
Sou diplomado em matéria de sofrer (x2)

Falsa alegria, sorriso de fingimento
Alguém tem culpa deste meu padecimento

Sofrimento e padecer
Todos lamentam mas só eu sei responder (x2)

Luto por um pouco de conforto
Tenho o corpo quase morto
Não acerto nem pensar

Mesmo com tanta agonia
Ainda posso cantar
Ainda posso cantar

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Lua Vazia

Vivo num mundo da Lua
Assim como a Lua, circular
Vive a sondar a Terra
Vivo eu num círculo em volta de ti
Exatamente como a Lua
A qual é sempre Lua
Ainda que cheia de fases
A Lua não tem nenhuma riqueza em si
A não ser para quem a vê
E uma Lua que não interfere
Nas marés loucas do teu desejo
É como um céu sem Lua
Incompletude da noite
Escuridão que não tem fim