sábado, 9 de janeiro de 2010

O Sentido das Mãos

Nas palmas das minhas mãos
O aperto mais desejado
Que um dia eu pude te dar
Nas palmas das minhas mãos
O desejo mais apertado
Que um dia eu poderia ter.

Nas palmas das minhas mãos
O orvalho do teu suor
A brasa urgente do teu calor
O teu cheiro de hortelã
O botão da tua flor
Abrindo-se para a luz da manhã.

Nas palmas das minhas mãos
Teus seios nus em decifração
Pequenos faróis a me iluminar
Por este caminho torto e preciso
Misto de salvação e abismo
Que eu jamais pensava percorrer.

Nas palmas das minhas mãos
Cada fração de segundo perdida
No enigma do teu corpo
Traz-me uma morte há tanto pedida
E o retorno para te buscar de novo
É o próprio sentido da vida.

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